Às vezes penso que a melhor forma que cuidar de algo é tendo aquilo perto de nós, mas me falta tempo para mim.
Não sendo surpresa falta tempo para aquilo, e então por destino ali se vai minha admiração.
E aquilo se perde, se desgasta, fica à toa e esqueço.
(Se a planta continuasse no mesmo jardim, o sol a alimentaria e a chuva lhe regaria. Por tanto admirar quis para meu próprio jardim a planta que gosto. Peguei a pá, uma caixa, e as raízes ficaram no concreto, pois ao chegar em casa vi que meu jardim não tinha terra, forma, espaço. Obtive a planta e aquilo era bom para mim. Esqueci de regar, cuidar, realizar o devido e plantar. Minha admiração continuou na planta bela, mas a minha não era mais como antes por minha culpa. Se ela morreu, não controlo a morte. Como a culpa é minha?)
Posse é perca.
A estrutura concreta em harmonia, é esforçada e mutua.
Cada qual somente metade de sua carga pode, mas em conjunto existe uma força que sustenta um todo.
Separação não é discutível, factível.
Longo seja vossa alegria em servir ao outro em fecunda sintonia.
A revolta logo chega, loga vai, mas o estrago é antraz.
Sem força em sua base própria ou sem raciocinar tudo cai e então se desfaz.
União é fortaleza ou fraqueza (interna)?
A primeira.
Em um dia de feriado,
conversávamos sobre
algum assunto alheio
e compartilhando
a mesma coberta,
me mostravas
algo relacionado
a filmes pelo meu celular.
Não percebemos o “clique” da câmera.
A última.
Entre beijos de saudade,
discutíamos os planos debaixo
daquele alicerce, no chão frio
da madrugada, tentávamos
saber o que seria de nós
após aquele dia. Mesmo assim
erramos pensando na
desculpa a ser dada depois,
a tua voz ainda é doce
em minhas recordações.
segurar ele com uma só mão.
Fizemos um “clique”.
Guardei em
minhas lembranças,
e no meu HD externo.
Meu telefone vibrou,
reverberou uma voz
interior que me dizia
ser o teu chamado.
Eu sabia que a esta hora
não poderia ser você,
somente uma mera ilusão
de algo mal resolvido
de minhas esperanças passadas.
Sempre deixei as cartas a mostra,
lhe contava todos os sonhos,
metas e conquistas.
De tanto falar de mim,
esqueci de ti.
Deve ter sido por isso que terminamos.
Mesmo eu odiando aquele teu sotaque estranho.
fazemos de amores rasos,
sinfonia.
expectativas,
sinônimo da alegria?
inadimplência do amor,
euforia da freguesia.
de caso ao acaso,
temos muito a conversar!
intrigas indigestas,
falas esquecidas.
tempo não há,
remorso impõe,
e assim segue a vida.
Temos a convicção que nossa última obra é o nosso melhor feito, mas o melhor que podemos fazer é hoje. Para que no amanhã, não seja necessário desgastar ainda mais a borracha apagando nossos erros.